sem cerimônia
Wednesday, March 12, 2008
  Me larga! Separar-se para crescer

Marcelo Rufo é um psiquiatra infantil com larga experiência. Tanta prática no atendimento de filhos dos outros se tornou matéria prima para um livro interessantíssimo sobre o tema separação. O nome do livro é Me larga! Separar-se para crescer, lançamento da livraria Martins Fontes editora. Marcelo Rufo apresenta a vida como uma sucessão de separações, mostrando que se separar de algo faz parte inerente do processo de crescimento. Mas a condição fundamental para a separação é a existência prévia de um vínculo forte primeiro, um estado de fusão entre mãe e bebê, de onde resulta o apoio necessário para o processo de desenvolvimento. Os cuidados maternos nas primeira semanas de vida são fundamentais para o bebê adquirir a capacidade de entrar em contato com outras pessoas. E a segurança proveniente da relação estabelecida com a mãe nos primeiros meses será determinante para a futura conquista da autonomia. Caso contrário, em vez de se abrir para o exterior, a criança será insegura e voltada para si, seu aparelho mental não servirá para entrar em contato com o mundo e sim para remoer os próprios pensamentos.
Porém, se num primeiro momento é preciso um fusão, num segundo momento é preciso acabar com ela. O pai é o primeiro aliado nessa tarefa, interpondo-se na relação. Daí para a frente a tarefa é aprender a aplaudir cada tentativa de independência. A oposição, a rebelião não são provas de desamor, mas sinais de evolução e maturação. Os pais devem funcionar como rampas de lançamento para ajudar os filhos a alçar vôo. Assim terão desempenhado bem seu papel.
Pois é, pais, não é fácil. Mas esse desfilar de casos contados por Marcelo Rufo, é uma boa forma de entender um pouco mais sobre o assunto. Especialmente para mães com dificuldade de se separar dos filhos

Só para lembrar. O título do livro é Me larga! Separar-se para crescer. O autor é Marcel Rufo. Um lançamento da livraria Martins Fontes editora.
 
Sunday, July 02, 2006
 
 
  Nova tentativa.

Domingo de manhã. Chuvoso, ainda por cima. Chovendo também. Só pode mesmo não ter nada dentro da cabeça quem acorda cedo num domingão e vai a uma oficina de blog. Ou então tem coisa demais querendo sair. Palavras...

Nem sei como cheguei. Ainda na cama, o olho abriu antes de o relógio tocar. Sinal que interesse havia. O resto foi só vir. Quando percebo, estou a caminho. Já estou aqui. Adoro quando meu corpo me leva aos lugares. Sem nenhum esforço mental. Tipo “quando vejo, já fui”.

Blog para quê? Blog para quem? Sei lá. A quem mais pode interessar a peça a que eu assisti ontem? O livro que estou lendo?

À propósito, Cinzas do Norte, do Milton Hatoum. Promete. Antes mesmo de ter lido, emprestei para uma grande amiga. Ela simplesmente adorou. Comparou com Sandor Maraj, a maravilha de autor húngaro. Profundo, maravilhoso. Na conversa, definimos juntas o tipo de livro que vale a pena ler: aqueles que são uma verdadeira experiência humana. Pena que sejam tão raros.

Antes que eu me esqueça: aceito sugestões.
 
Tuesday, July 19, 2005
  Julho congelante.

Gosto de olhar para essa foto. Gosto de lembrar do objeto para que eu estava olhando. Gosto de ver que o olhar se modifica de acordo com o que se vê. Gosto de saber que não dá para saber o que eu estava fazendo. Muito meno o que eu estava pensando. Em resumo: quem vê, pouco vê.
Pode até pensar que vê, mas não vê. Assim como quem lê também pode pensar que lê quando na verdade apenas se lê. No máximo se lê. Mas quem escreve se escreve. Não há como escapar.
 

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